domingo, 22 de junho de 2008

POLANYI, Karl.GRANDE TRANSFORMAÇÃO. As origens da nossa época Capítulo 12, O Nascimento do Credo Liberal.

Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492 06/2008

Mundo Contemporâneo - Prof. Ricardo Castro

FICHAMENTO DO TEXTO

POLANYI, Karl

A GRANDE TRANSFORMAÇÃO. As origens da nossa época.

Capítulo 12, O Nascimento do Credo Liberal

Liberalismo econômico foi o princípio organizador de uma sociedade engajada na criação de um sistema de mercado. Nascido como mera propenção em favoe de métodos não burocráticos, ele evoluiu para uma fé verdadeira na salvação secular do homem através de um mercado auto regulável.

Histórico:

Lassez-faire:

3 dogmas a partir de 1820: mercado do trabalho, padrão ouro e o livre comércio. Formavam um conjunto

Fisiocratas: livre exportação de cereais

Inglaterra: liberdade na regulamentação na esfera da produção, fundo de mão de obra

1830- liberalismo uma cruzada apaixonante e o Lassez-faire um credo militante

Não é natural o Lassez-faire o governo age para manter o liberalismo econômico

Mercado livre- intervencionismo contínuo – paradoxo

Enquanto a economia laissez-faire foi o produto da ação deliberada do Estado, as restrições subseqüentes se iniciaram de maneira espontânea

1920- prestígio do liberalismo no seu apogeu

Anos 30 – abandono do padrão ouro Anos 40 – crise da ortodoxia orçamentária e monetária e e o sucesso das ditaduras – fracasso do liberalismo

Argumento liberal: se não fossem as políticas apoiadas pelos seus críticos, o liberalismo teria atingido a sua meta

Não há conspiração antiliberal

O oposto de intervencionismo é o laissez-faire e acabamos justamente de ver que o liberalismo econômico não pode ser identificado com o laissez-faire (embora na linguagem comum não exista qualquer prejuízo em intercambiá-los).

HOBSBAWN, Eric J. ERA DOS IMPÉRIOS 1875-1914: CAPÍTULO 3 A ERA DOS IMPÉRIOS

História Contemporânea - FCH352

Prof. Ricardo Castro

Estudante: Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492

HOBSBAWN, Eric J. ERA DOS IMPÉRIOS 1875-1914: CAPÍTULO 3 A ERA DOS IMPÉRIOS

- Período 1875 a 1914 – Era dos Impérios – novo tipo de império colonial

- tentativa sistemática de traduzir a supremacia econômica e militar dos países capitalistas em conquista formal, anexação e administração por um pequeno número de Estados

- duas regiões foram divididas: África e Pacífico

- América sem conquista formal – dominação econômica – Doutrina Monroe

- Repartição do mundo em pequeno número de Estados e crescente divisão entre fortes e fracos, avançados e atrasados

- Imperialismo é um aspecto da nova fase do desenvolvimento capitalista, diferente do mundo liberal de livre comércio e livre concorrência

- Imperialismo: novo conceito, dimensão política e econômica Com o tempo teve conotação pejorativa.

- Análise leninista: As raízes econômicas do novo imperialismo residiam numa nova etapa específica do capitalismo que, entre outras coisas, levava a “divisão territorial do mundo entre as grandes potências capitalistas”, configurando um conjunto de colônias formais e informais e de áreas de influência. As rivalidades entre as potências capitalistas que levaram a essa divisão também geraram a Primeira Guerra Mundial.

- Análises não marxistas negação do que foi dito

- Anos de 1890 a divisão do globo tinha um dimensão econômica

- criação de uma economia global única

- malha de transportes incorporou novas áreas

-interesse novo por áreas remotas para comércio lucrativo, investimentos com bom retorno para o capital e obter recursos necessários

- crescimento do consumo de massa dos países metropolitanos, ampliou o mercado de consumo para produtos alimentícios

- pilares das economias imperiais: fábricas, plantation, comerciantes e financistas metropolitanos

- especialização do mercado mundial: plantation – dependentes e

industrializados - centrais

- Os territórios dependentes que não pertenciam ao que foi denominado “capitalismo de povoamento” (branco) não se saíram bem

- motivo do imperialismo – exportação de capital

- motivo geral para a expansão colonial foi à procura de mercados

- Idéia que a Depressão seria resolvida por meio de um vasto esforço de exportação

- O novo imperialismo foi o subproduto natural de uma economia internacional baseada na rivalidade entre várias economias industriais concorrentes, intensificada pela pressão econômica dos anos 1880.

- Ação política necessária para a aquisição de territórios colônias (+econômica) – protecionismo

- colônias símbolo de status. Só as potências “tinham direito a elas”

- Exemplo da importância da Índia para a Grã Bretanha – Inglaterra é a mais dependente do seu império colonial para sua economia

- Economias rivais protegendo-se uma das outras

- política + economia não podem ser separadas na sociedade capitalista

- movimentos operários e a crescente política democrática têm relação com o surgimento do imperialismo

- benefícios potenciais do imperialismo: evitar a guerra civil com um inimigo externo. Identificação ao Estado e à nação imperiais dando a esse sistema político e social justificação e legitimidade. O império era um excelente aglutinante ideológico.

-Idéia de superioridade uniu os brancos ocidentais e beneficiou a política imperialista

- empenho missionário maciço em função do avanço imperialista

-esquerda secular era antiimperialista. Mas para os socialistas o colonialismo permaneceu um interesse marginal e pouco fizeram para organizar resistência até a era da Internacional Comunista

- Imperialismo: fato novo. Produto da concorrência entre economias industriais capitalistas rivais, intensificado pela pressão em favor da obtenção e da preservação de mercados num período de incerteza econômica. Uso comum de tarifas alfandegárias. Abandono do liberalismo econômico, de políticas públicas e privadas de laissez-faire. Surgimento de grandes sociedades anônimas e oligopólios. Periferia mundial se torna cada vez mais significativa

2

-Impacto do imperialismo: desigualdade entre metrópole e países dependentes

- Grã Bretanha dependente dos mercados ultramarinos

- Sucesso ultramarino britânico deveu-se a exploração mais sistemática das possessões, sua condição de maior importador bem como maior investidor

- Objetivo britânico não era de expansão, mas de impedir a concorrência

- Colonialismo aspecto da Grande Depressão

- Novo colonialismo foi um subproduto de um era de rivalidade econômico-política entre economias nacionais concorrentes, intensificada pelo protecionismo. Comércio metropolitano com as colônias aumenta e o protecionismo tem algum êxito

- Era dos impérios: Fenômeno Cultural

- Ocidentalização – elites do mundo dependente efetivas ou potenciais – dominante para o dependente

- Exemplo de Gandhi

- Condições para formar líderes antiimperialistas como condições que começaram a propiciar ressonâncias a suas vozes

- O mais poderoso legado cultural do imperialismo foi uma educação em moldes ocidentais para minorias de vários tipos

- dependente para o dominante: (Obs: desprezo pelo dependente, sentimento de superioridade): arte, religião

- Sentimento forte de superioridade

- Impacto nas classes dirigentes dos próprios países metropolitanos

- Contradição: metrópole democracia X colônia autocracia

- Incerteza: Como um pequeno número de dominantes conseguia manter um número tão grande de dominados tão facilmente? Mas por quanto tempo?

EDUARD W. SAID. ORIENTALISMO: O ORIENTE COMO INVENÇÃO DO OCIDENTE

Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492 12/ 05/2008

Mundo Contemporâneo - Prof. Ricardo Castro

FICHAMENTO DO TEXTO

EDUARD W. SAID

ORIENTALISMO: O ORIENTE COMO INVENÇÃO DO OCIDENTE

INTRODUÇÃO

- principal para um visitante europeu era a representação européia do Oriente e da sua ruína contemporânea

-entendimento americano do Oriente (Japão e China)

- Orientalismo é um estilo de pensamento baseado em uma distinção ontológica e epistemológica feita entre “o Oriente” e (a maior parte do tempo) “o Ocidente”

-Isso se apresenta nas mais diversas formas e nos mais diversos setores, desde as artes, a filosofia, política, economia, religião, administração colonial, inclusive no intercâmbio acadêmico

-Por causa do orientalismo, o Oriente não era um tema livre de pensamento e de ação. É uma rede de interesses que inevitavelmente faz valer seu prestígio toda vez que aquela entidade particular “Oriente” esteja em questão

- proximidade particular de Inglaterra e França e Oriente até Segunda Guerra, depois EUA

- Oriente: divisão feita pelo homem

- idéias sobre o Oriente

– Dominação do Oriente pelo Ocidente

– Orientalismo vira um sistema de conhecimento sobre o Oriente: egiptólogo

-Idéia de superioridade do Ocidente

III

1) Distinção entre conhecimento puro e conhecimento público

Distribuição de consciência geopolítica em textos estéticos, eruditos, econômicos, sociológicos, históricos e filológicos; é uma elaboração não só de uma distinção geográfica básica, como também de toda uma série de interesses que, através de meios como a descoberta erudita, a reconstrução filológica ... (pg 24) discurso com o intercâmbio com vários tipos de poder, moldado em certa medida pelo o intercâmbio com o poder político (como uma ordem colonial ou imperial), com o poder intelectual, com o poder cultural e com o poder moral.

Orientalismo fato político e cultural – imperialismo – intercâmbio dinâmico entre autores individuais e os grandes interesses políticos pelos três grandes impérios – britânico, francês, americano

2) Questão metodológica

- para cada projeto deve ser feito começos.

- início para o autor: experiência britânica, francesa e americana

- orientalista está fora do oriente. Certa autoridade sobre o Oriente

- Objetivo do autor: ilustrar a formidável estrutura da dominação cultural e, especificamente para povos outrora dominados, os perigos e tentações de se empregar essa estrutura sobre si mesmo e sobre os outros

3) Dimensão pessoal

Consciência de ser um Oriental. Educação na Palestina e Egito e posterior nos EUA.

- Preconceito

-Visão estereotipada do Oriente

- Objetivo: Acabar com a divisão Oriente e Ocidente – estudar a sociedade e a literatura, o cultural e o político e as diversas formas desta questão.

EDGAR DE DECCAO. COLONIALISMO COMO A GLÓRIA DO IMPÉRIO

Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492 12/ 05/2008

Mundo Contemporâneo - Prof. Ricardo Castro

FICHAMENTO DO TEXTO

EDGAR DE DECCA

O COLONIALISMO COMO A GLÓRIA DO IMPÉRIO

- Grande prosperidade econômica e enorme expansão colonial, territorial da Inglaterra vitoriana

Na política Imperialista expansão é tudo

-corrida imperialista – fenômeno europeu

- expansão motivada por uma necessidade de ampliação de mercados das economias competitivas do capitalismo industrial e Fontes de matérias primas

- EUA – Doutrina Monroe

- conjunto de acontecimentos históricos que expandiu as economias e os estados europeus para todas as partes do planeta, criando um grande sistema global de trocas de mercadorias, dinheiro, movimento de trabalhadores e um incessante incremento de comunicação. Isso usado para o domínio de vastas áreas territoriais – 1870 a 1914 – imperialismo – política deliberada dos estados europeu de anexação de povos e territórios com vistas à expansão dos mercados capitalistas

- Ex de imperialismo sem administração é o Brasil

- Origem da expansão – Depressão de 1870

-Conseqüência – Primeira Guerra Mundial

-crescimento das cidades. Tempo de lazer aumentado, aumento do consumo, melhores condições de vida

-Novo personagem – o turista

O turista acidental e a aventura imperialista

- aventura, sonho, fantasia, desastre. Exemplo – Titanic

- Ex: Feud, Lawrence da Arábia, criação literária de Rudyard Kipling (Mowgli, o menino lobo), o livro “o coração da treva” de Conrad. Exemplos do cosmopolitismo reinante no fim do século XIX

Um sonho da modernidade: O socialismo

- Com a grande expansão do capitalismo existia uma tendência que via as contradições do sistema e sua superação, o marxismo

-Revolução ou Reforma dilema da Internacional Comunista até a primeira Guerra Mundial

-divisão entre os socialistas

– partido social democrata da Alemanha

– Objetivo Democracia e melhoria de vida da população – oposição de Bernstein

- o imperialismo teve que se debater com uma poderosa força política de contestação que ele próprio ajudou a propagar: socialismo

Bel Le époque ou alegria de viver

- período onde as ambições foram enormes do domínio imperialista ao paraíso socialista

- da ciência e tecnologia ao misticismo e expansão da religiosidade, da relatividade de Einstein, do socialismo marxista internacional mas da eugenia, do darwinismo social. Das artes e do clima de euforia e otimismo

HOBSBAWM. A era dos extremos. Capítulo 1 A era da guerra total. São Paulo, Companhia das letras, 1995. P 29 a 60

Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492 06/2008

Mundo Contemporâneo - Prof. Ricardo Castro

FICHAMENTO DO TEXTO

HOBSBAWM. A era dos extremos. Capítulo 1 A era da guerra total. São Paulo, Companhia das letras, 1995. P 29 a 60

A Era da Guerra Total

I

-período da declaração austríaca de guerra a Sérvia, 28 de julho de 1914, e a rendição incondicional do Japão, a 14 de agosto de 1945

-Antes não houvera em absoluto guerras mundiais. A primeira guerra mundial envolveu todas as grandes potências e a Segunda Guerra também teve o caráter global

- Primeira Guerra. Guerra essencialmente européia entre a tríplice aliança (França, Grã Bretanha e Rússia) e potências centrais (Alemanha e Áustria Hungria)

- Alemães: guerra de duas frentes (tanto na primeira quanto na segunda) planejava uma guerra relâmpago. Frente Ocidental (França e Inglaterra e depois EUA) e Frente Oriental (Rússia que depois sai da Guerra com a Ver Russa)

- Conseqüências políticas da brutalização com a Guerra: inimigos da guerra, não a queriam (países democráticos) e uma extrema direita (Hitler e Mussolini). E bomba atômica: justificativa de salvar vida dos americanos

- Fases da Guerra: avanço alemão, depois empate no front Ocidental, vitória alemã sobre os russos, entrada norte americana e avanço da França, Grã Bretanha e EUA que vencem a guerra

- Uso da tecnologia na Guerra: submarino, aviões, tanques

- Guerra travada por metas ilimitadas. Ale e Grã Bretanha queriam política e posição marítimas globais e França queria garantir sua posição de grande potência. Objetivo de vitória total e na Segunda Guerra de rendição incondicional

-Acordo de Paz: Tratado de Versalhes –objetivos: conter a Rússia Bolchevique, controlar a Alemanha, redividir o mapa europeu (colapso dos impérios turco e Austro-Húngaro). -As propostas de Wilson. Todas fracassadas

- Qualquer pequena chance que tivesse a paz foi atropelada pela recusa das potências vitoriosas a reintegrar as vencidas. É verdade que a repressão total da Alemanha e a total prescrição da Rússia soviética logo se revelaram impossíveis, mas a adaptação à realidade foi lenta e relutante.

II

- Origem da Segunda Guerra: Alemanha, Japão, Itália foram os agressores. Alemanha, condenação ao tratado de Versalhes. Japão, queria expandir seu império, ser potência do Oriente por ser um país dependente. Itália, insatisfeitas com os ganhos da primeira guerra

- Um lado não queria a Guerra: França. Grã Bretanha, por exemplo,

- Fases da guerra: Invasão da Polônia pela Alemanha, avanço alemão, ocupa a França, a guerra com a Inglaterra fica paralisada, entrada da Itália na Guerra, invasão alemã contra a Rússia, entrada do Japão e EUA na Guerra, derrota alemã em Stalingrado, avanço soviético, avanço no front Ocidental dos EUA, Grã Bretanha, derrota Alemã, as duas bombas atômicas, rendição incondicional do Japão. As rendições foram incondicionais tanto da Alemanha quanto do Japão

- Perdas incalculáveis

III

-Guerra total do séc XX: guerra de massa, tanto na economia industrializada voltada para a guerra, quanto da mobilização da população. Produção em massa. A produção exigia organização e administração. Necessário o controle fiscal. Governos tinham que assumir completamente a economia. Inovação tecnológica era um fator muito importante, ex: bombas atômicas. A guerra não promoveu desenvolvimento econômico. Só os EUA se desenvolveram com as duas guerras e o oposto foi a URSS que saiu devastada com as guerras, sobretudo com a Segunda.

IV

- impacto humano da era das guerras: aumento da brutalização da guerra, guerra contra civis (democratização da guerra), impessoalidade da guerra (capaz das maiores crueldades), expulsão e matança compulsórias em escala astronômica (genocídios e migrações, refugiados)

- Pós Guerra: Era de Ouro democracia política ocidental ficou estável, melhoria da vida material, baniu-se a guerra para o terceiro mundo e as duas grandes potências EUA e URSS não entraram em confronto direto

SILVA, Francisco Carlos Teixeira. O Século XX, volII. Os Fascismos.

UFRJ – IFICS

Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492

História Contemporânea

Prof. Ricardo Castro

Resenha sobre o filme A Conquista da Honra

SILVA, Francisco Carlos Teixeira. O Século XX, volII. Os Fascismos.

- Fascismo e neofascismo: fascismo é um fenômeno que não está aprisionado ao passado. Conjunto de movimentos e regimes de extrema direita que dominou um grande número de países europeus desde o início dos anos 20 até 1945.

- Pontos em comum hoje dos estudiosos: Garantia da universalidade possível do fascismo como fenômeno histórica, com seu ápice no entreguerras. Necessidade teórica de garantir a autonomia de uma teoria do fascismo em face dos fenômenos históricos que o envolvem.

- Fascismo: antiliberalismo, antidemocratismo e antisocialista. Autonomia da forma fascista de exercício de poder.Os fascismo só existiram enquanto movimentos e partidos. Os fascismos que chegaram ao poder, mas que desaguaram em regimes autoritários, onde eram minoritários ou foram controlados por outras forças conservadoras. Os fascismos que tomaram o poder o monopolizaram total ou substantivamente, inclusive eliminando os grupos conservadores que os apoiaram inicialmente foram eliminados com a derrota de 1945.

Os elementos constitutivos: em busca de uma fenomenologia do fascismo

1- O antiliberalismo e antiparlamentarismo fascista. Acusa as formas liberais de organização e de representação, em especial o parlamento liberal, de originarem a crise contemporânea. Critica que os partidos políticos agrupariam interesses setoriais e de classe, portanto não nacionais. Outro problema é a diferenciação público privada.

2- O Estado orgânico e a liderança carismática.

Estado deveria ser visto de forma harmoniosa, orgânica. Estado como fator de coesão nacional

Comunidade popular, baseada no sangue e na raça germânica com um princípio de liderança. Federação de poderes reúne-se em torno do Fuhrer, que lhe dá sentido e garante a unidade mínima do Estado, configurando a chamada autonomia do executivo. Uma policracia

A ausência técnica de um Estado, a idéia força da revolução como destruição, permitia uma autonomia delirante da política, transformada em substituto de um modo de vida. O terrorismo para destruir o Estado liberal e forma de fazer política capaz de liberar todos os ódios existentes.

3 Comunidade do povo e a sociedade corporativa: fascismo enquanto revolução

- O dirigismo estatal e a organização corporativa, além de reconstruírem uma identidade perdida ao longo da instauração da sociedade industrial, liberal e de massas, surgiram como um poderoso instrumento anti crises.

4 A destruição do eu e a negação do outro

Assim a alteridade é plenamente identificada com o liberalismo, com seu caráter antinatural e antinacional, com a desestruturação da comunidade orgânica nacional e racial e com espírito de facção do marxismo. Somente o fascismo seria portador de uma moralidade(ou falta dela) capaz de forjar o novo homem, o bárbaro do futuro. Negação da diferença. Não auto-amor, não pode amar o outro, supre conflito no ideal e ama o líder.

Em direção a uma teoria do fascismo

Pontos: antiliberalismo, antimarxismo(apropriação), organicismo social, liderança carismática e negação da diferença marcam o fascismo como regime ou forma de dominação específica, diferente de outras vertentes políticas no interior da direita

O fascismo surge como um caminho único, sem volta, de arrancar o indivíduo de uma situação de estranhamento e anomia. Mundo alienado marcado pelo mal estar. Utopia de felicidade futura. Massificação .

Canalizando, em tempo integral, a potência do indivíduo para odiar, transferindo para um estranho as causas do seu próprio mal estar e afagando um ego aniquilado das possibilidades de felicidade, em especial ao atribuir ao estranhado qualidades ambicionadas por todos (como a raça e o sangue, a virilidade, a lealdade e a força), o fascismo rompe com a tradição de participação política do Ocidente e, por isso mesmo, aproxima-se tanto de posturas místicas e cultiva cerimoniais cívicos coletivos. Assim, numa religião de Estado, emerge o indivíduo em entidades coletivas, realizando uma falsa concretização do encontro do homem consigo mesmo. Deste modo, o homem novo fascista é antes de tudo a falsa projeção concretizada de tudo aquilo que para ele mesmo é uma perda.

HOBSBAWM. Eric J. A Era dos Impérios. “Capítulo6 – Bandeiras Desfraldadas: Nações e Nacionalismo”

UFRJ – IFCS

Nome: Marco Livio Magalhães Gerbase DRE:105041492

Disciplina: Contemporânea

Professor: Ricardo Castro

Fichamento do texto

HOBSBAWM. Eric J. A Era dos Impérios. “Capítulo6 – Bandeiras Desfraldadas: Nações e Nacionalismo”

- A ascensão dos partidos da classe trabalhadora foi um importante subproduto da democratização, a ascensão do nacionalismo na política foi outro.

- 1880-1914 – avanço dramático do nacionalismo

- palavra nacionalismo

-Base dos nacionalismos: presteza com que as pessoas se identificavam emocionalmente com sua nação e podiam ser mobilizadas e a presteza com que podia ser explorada politicamente

- Identificação nacional ganha força política – nacionalismo. Mutações: 1)nacionalismo ideologia encampada pela direita 2) autodeterminação nacional 3) autodeterminação só com a ampla independência do Estado

- Línguas (língua nacionalXdialetos locais), identidade (nação judaica), Geográfica (de onde nasceu)

- O Estado é que faz a nação e não a nação que faz o Estado – Nação ligada ao Estado-nação

- economia de uma era tecnológica e a natureza de sua administração pública e privada, que exigiam educação elementar em massa ou pelo menos alfabetização

- educação nacional, língua nacional

2

- resistência de serem assimilados de outras nações, mas por não conseguirem se tornar realmente membros da nação oficial

-povos coloniais

-xenofobia

- imigração: auxílio mútuo de uma mesma identidade de terra natal

- proposta internacionalista: língua mundial, uma só nacionalidade

- Neotradicionalismo: uma reação defensiva e conservadora contra a desintegração da velha ordem social pela epidemia da modernidade que avançava, pelo capitalismo, pelas cidades e pela indústria, sem esquecer o socialismo proletário, que era o seu resultante lógico

- Nacionalismo levado Poe estratos médios da sociedade. Singularidades: A mudança baseada em questões da língua: uma reivindicação por Estados independentes (e não de formas menores de autonomia) e o deslocamento para a direita e a ultra direita na política

- maior estatus quem falasse línguas “internacionalmente mais importantes como o francês ou alemão”

-Nacionalismo – inclinado a direita – xenofobia – Imperialismo

-classes médias: O patriotismo compensava a inferioridade social

3

- Importância da Religião para o nacionalismo

-Partidos cujo objetivo original e principal era a libertação internacional e social de classe, acabaram por se tornados veículos também da libertação nacional

- Poder de mobilização do nacionalismo – Grande Guerra