terça-feira, 15 de abril de 2008

O capitalismo unifica o mundo

História Contemporânea - FCH352

Prof. Ricardo Castro

Estudante: Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492

Fichamento do texto “O capitalismo unifica o mundo” de FALCON, Francisco José Calazans

INTRODUÇÃO: CONCEITOS, ESPAÇOS E TEMPOS

A) Os conceitos

- conceito de mercado:

a) concepção econômica clássica: mercado pressupõe o mecanismo autoregulador, mercado internacional

b)historiadores: conjunto de mercados distintos

c)Marxista: Do século XV a XVIII – período pré capitalista, final XVIII XIX...- capitalismo

d)Novas abordagens da década de 70: já no século XVI existia uma “economia mundo européia”. Interpretações baseadas em Marx. Problema- conceito de capitalismo como modo de produção em jogo

- implicações dessas divergências conceituais

a) história da constituição do mercado internacional: época pré capitalista antes da Rev Industrial

b) história da constituição do mercado internacional: há somente uma totalidade – mercado mundial- transição que deu origem ao sistema capitalista(XVI) e a acumulação é um processo único em escala mundial. Rev Industrial e capitalismo são coisas distintas

B) Os espaços e tempos

- Idéia de Europa

a)cristandade

b)para além de seus limites

- Economias Mundo:3 grandes impérios: turco, indiano e chinês (incluindo Índico e Moscóvia)

- Periodização: pré capitalistas XV/XVI a XVIII e capitalistas XIX e XX

- Perspectivas conjunturais

- Antigo Regime Econômico:

a) Características: predominância da agricultura, precariedade dos transportes e indústria de bens de consumo

b) mecanismos de desencadeamento de crise: más coleitas - eleva o preço do pão - refugiados rurais para a cidade – ordem pública ameaçada – caráter regional de tempo variável

Regime econômico contemporâneo:

a) Características:predomínio da produção industrial

b)transportes mais ágeis e baratos – unificação do mercadi internacional – integração dos mercados a nível mundial e especialização da produção – crises econômicas cíclicas de superprodução

C) A história da expansão

- Expansão européia comercial e colonial

a) estabelecimento de europeus fora da europa

b) processo de descolonização/ história dos vencidos

- Perspectivas econômica, política e social

a) história econômica e social da expanção

# tipologia dos empreendimentos coloniais

# ênfase no caráter dependente das áreas coloniais

b) A história política da expanção

# formas de resistência

# práticas de cooptação oi interpretação social

c) história cultural

PARTE I – A ERA DO CAPITALISMO COMERCIAL

- Domínio do capital mercantil

a) Pressupostos políticos, sociais e culturais da expansão pré capitalista

1 O quadro político

# até final do século XVIII – Absolutismo

#expansionismo marítimo

2 Estruturas sociais

# Antigo Regime

# crescimento da burguesia e a oposição ao Absolutismo

#Desestruturação do Antigo Regime – final XVIII

3 Os dados culturais

# expansão ultramarina/história cultural:

>crise do prestígio dos antigo

>saber livresco, experimentalismo científico, Rev científica

>Necessidade dos viajantes – desenvolvimento científico

>universo visto como um mecanismo, estatística e implicações sociais

>papel da imprensa

b) Expansão Mercantil

1 Processo de unificação do mundo do comercial ao industrial

# Antecedentes Medievais

>XI e XII rev econômica

>crise dos séc XVI e XV / recuperação no XV

>Séc XV e XVI – expansão marítima, comercial, colonial e construção do mercado mundial

2 Circuitos comerciais: mercados intra-europeus e extra europeus

#expansão do capital mercantil

#circuito intra europeu:

>Mediterrâneo, Atlântico, Báltico e Europa Centro Oriental

#circuito extra europeu:

>Américas, Índias e China

3) Expansão geográfica e hegemonia mercantis na Europa mercantilista

3.1) Preponderância marítima ibérica e hegemonia flamenga, Antuérpia (séculos XV e XVI)

3.2) Hegemonia holandesa – e desafios anglo-franceses

3.3)Duelo anglo-francês: apogeu e crise do “antigo sistema colonial mercantilista”

PARTE II – A ERA DO CAPITALISMO INDUSTRIAL

Introdução

- periodização 1 final do XVIII até 1870 (era do capitalismo industrial-crise do antigo regime, dupla revolução industrial e francesa – Rev industrial fenômeno Inglês) - 2 de 1870 a 1914 (era do capitalismo monopolista e imperialista-capitalismo mais estabelecido- outros países se industrializam e buscam seus mercados e formar impérios)

A) Pressupostos Políticos sociais e culturais da expansão

- expansão capitalista do século XIX: sistema de Estados-nações

- Estados industrializados que lideram a expansão colonial e financeira do capital

- primeira parte do XIX é a questão da liberdade que se destaca depois a igualdade e a questão social

B) A Expansão Capitalista Oitocentista

- divisão em dois períodos antes e depois de 1870-80 (problemas)

- atores bem definidos:exploradores, missionários militares e empresários

1. Colonialismo e anticolonialismo

- hegemonia da Grã Bretanha em boa parte do século XIX

- partidários do anticolonialismo- livre cambismo- não dito

- dividir a expansão em cenários políticos:

a) Império Otomano

- Egito – modernização – Canal de Suez – litígio franco-inglês- protetorado inglês em 1914

– Argélia-conquista francesa sob pretexto imperialista

b) África sul-saariana

-África Ocidental Atlântica- litígios – “Partilha da África”

-África do Sul – guerras com colonos e com populações nativas

c)Regiões asiáticas

-Índia – símbolo do imperialismo britânico

-Sudeste da Ásia – imperialismo se estabelece

d)Extremo Oriente

-China: Guerras do ópio – alvo do imperialismo ocidental

-Japão: Era Meiji – modernização – resposta às pressões ocidentais

e) Américas

hegemonia do capital britânico

TUDO QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR

Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492 17/ 03/2008

Mundo Contemporâneo - Prof. Ricardo Castro

FICHAMENTO DO TEXTO 01

MARCHAL BERMAN

TUDO QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR

A aventura da modernidade

- Experiência de tempo espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e perigos da vida- que é compartilhada por homens e mulheres hoje – MODERNIDADE

a) Ambiente que promete aventura e alegria e que ao mesmo tempo ameaça destruir o que temos – CONTRADITÓRIO

b) Une a espécie humana, mas desune numa permanente desintegração e mudança – TUDO QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR

c) TURBILHÃO – Ciência, industrialização, explosão demográfica.

d) PROCESSOS SOCIAIS – dão a que dão a esse turbilhão a MODERNIZAÇÃO

- História da modernidade:

a) Início do século XVI até o fim do século XVIII – começando a experimentar a vida moderna –sem consciência do processo. Exemplo arquetípico: Jean- Jacques Russeau. Proclamando que a sociedade européia estava “a beira do abismo”, no limite das mais explosivas conturbações revolucionárias.

b) Onda revolucionária de 1790 com a Ver. Francesa e suas reverberações. O público partilha da idéia de viver uma era revolucionária e o público moderno do século XIX vive em uma dicotomia, o mundo não é moderno por inteiro. Emerge e desdobra as idéias de modernismo e modernização. Paisagem altamente desenvolvida, diferenciada e dinâmica- automação fortalecimento dos Estados Nacionais, movimentos sociais de massa. Grandes modernistas atacam esse ambiente com paixão, querendo o fazer ruir ou explorá-lo a partir do seu interior, mas sensíveis a novas possibilidades. Exemplos arquetípicos:

Marx: “tudo que é sólido desmancha no ar”. A vida moderna é radicalmente contraditória em sua base. Proclama o caráter paradigmático da fé modernista – uma vanguarda revolucionária. Uma dinâmica revolucionária destinada a destronar a burguesia brota dos mais profundos anelos e necessidades da mesma burguesia. O impulso dialético da modernidade se volta ironicamente contra seus primitivos agentes, a burguesia.

Outro arquétipo é Nietzsche: também as correntes e história moderna eram irônicas e dialéticas. “tudo está impregnado de seu contrário”. Em relação aos perigos da modernidade ele acha que se deve abraçar-los com alegria, mas não almeja viver sempre em meio a esse perigo, deposita a fé em um novo homem que terá coragem e imaginação para criar novos valores.

Que as modernidades do amanhã possam curar os perigos da época comum aos modernistas dessa época

c) Século XX. Talvez o mais criativo e brilhante da história, pois seu processo de modernização se expande para praticamente o mundo todo.

A modernidade foi vista pelos sucessores do séc. XIX ou com um entusiasmo cego e acrítico ou é condenada segundo uma atitude de distanciamento e indiferença. É sempre concedida como um monólito fechado que não pode ser mudado pelo homem moderno. Visões abertas da vida moderna foram suplantadas por visões fechadas. Exemplo: futuristas italianos do início de século XX- Apologia a técnica a tecnologia a modernização, ao novo. Os futuristas levaram a celebração da tecnologia moderna a um extremo grotesco e autodestrutivo. Com seu acrítico namoro com as máquinas combinado com o profundo distanciamento do povo.

Max Weber acreditava que todo o poderoso cosmos da ordem econômica é como um cárcere, que era uma força inexorável. O homem moderno como sujeito desapareceu. Uma interpretação apropriada e distorcida de Webber: muitos pensadores do século XX passam a ver as massas sem sensibilidade, espiritualidade ou dignidade e esses homens ocos não teriam capacidade de se autogovernassem.

O modernismo de 1960 pode ser dividido em três tendências:

a) ausente: esforço por ausentar-se da vida modernas

b) negativo: modernismo como interminável, permanente revolução contra a totalidade da existência moderna, uma tradição de destruir a tradição

c) afirmativo: modelo ideal de sociedade moderna isenta de perturbações. As relações iam se apaziguar com o tempo. Seu ideal era de cada um abrir-se à imensa variedade e riqueza de coisas, materiais e ideais, que o mundo moderno inesgotavelmente oferece

1970- década insípida, pois todas as iniciativas anteriores falharam. Último escritor importante foi Michel Foucault. Não há liberdade no mundo de Foucault.

UMA ECONOMIA MUDANDO DE MARCHA

Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492 13/ 04/2008

Mundo Contemporâneo - Prof. Ricardo Castro

FICHAMENTO DO TEXTO 04

Eric Hobsbawm

A ERA DOS IMPÉRIOS 1875 – 1914

Capítulo UMA ECONOMIA MUDANDO DE MARCHA

1)

- Depressões 1973 a 1890

-produção aumenta progressivamente

- questão da depressão não era a produção e sim a lucratividade

-crise na agricultura: + produção – preço

- reações mais comuns a crise: emigração e formação de cooperativas

- Séc XIX – deflação e período onde aumenta a concorrência

- dificuldade, pois o custo da produção mais estável que os preços

- O que fazer?

a) bimetalismo

b)protecionismo

# A Grande Depressão deu fim da longa era do liberalismo econômico. Grã Bretanha foi o único país a abraçar o liberalismo econômico. Por isso sacrificou sua agricultura, mas mesmo com maior concorrência ainda persistiu a Hegemonia Britânica. No liberalismo econômico a economia capitalista era mundial e auto-regulado.

# capitalismo na prática era mundial cada vez mais no século XIX, mas esse modelo era inadequado, pois muitas economias nacionais existiam porque existia, pois as nações estado existiam. Concorrência não só entre as empresas, mas também entre as nações.

# protecionismo fruto da concorrência internacional. Mas era restrito ainda ao trânsito de mercadorias. O protecionismo não prejudicou a produção, mas deu novo gás

#protecionismo uma política do produtor preocupado com a depressão

c)Concentração econômica – trust, cartel, e mais como tendência geral oposta a concorrência irrestrita

d)Administração científica – taylorismo

e)Imperialismo – pressão do capital à procura de investimentos mais lucrativos, bem como a da produção a procura de mercados, contribuíram para as políticas expansionistas

- conseqüência da Grande Depressão foi grande agitação social

2)

- Boom econômico 1890-1914 – belle époque – passagem da preocupação para a euforia

-Avanço dos EUA e Alemanha alcançando a Grã Bretanha

- Ciclos econômicos – Kondratiev

- móvel da economia e do crescimento – países industrializados e em vias de industrialização – maiores produtores e maiores consumidores

- aumento do poder de consumo - queda de preços da Depressão

3)

-Síntese da economia mundial da Era do Império

a) maior base geográfica e mais industrializada

b)mercado internacional de produtos primários cresceu e está mais integrado

c)economia mundial mais pluralista que antes

d) Posição central da Grã Bretanha fortalecida com o pluralismo mundial

e) Revolução tecnológica

f) concentração de capital e racionalização da produção

g) ampliação do mercado de bens de consumo – imperialismo, urbanização. Aumento de renda real e aumento da população

h) crescimento do setor terciário da economia

i)papel cada vez maior do setor público

A REVOLUÇÃO CENTENÁRIA

Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492 06/ 04/2008

Mundo Contemporâneo - Prof. Ricardo Castro

FICHAMENTO DO TEXTO 03

Eric Hobsbawm

A ERA DOS IMPÉRIOS 1875 – 1914

Capítulo 1 A REVOLUÇÃO CENTENÁRIA

-CENTÉSIMO ANIVERSSÁRIO da Revolução Americana *1876) e Francesa (1889)

1)

- Mundo Global de 1880

a)exploração não mais consistia em descoberta

b)revolução nos transportes – ferrovia e navegação a vapor

c) nas comunicações – telégrafo elétrico

d)mundo mais povoado – emigração européia

e) mundo geograficamente menor e demograficamente maior

- Mundo caminhava para a divisão – desigualdade entre ricos e pobres, mundo desenvolvido industrializado ocidental e o não industrializado. Causas da defasagem - tecnológica e militar

- 2 setores: desenvolvido e atrasado

- Europa, origem do desenvolvimento capitalista e peça mais importante da economia mundial e da sociedade burguesa:

a)demograficamente

b)tecnologicamente

c)culturalmente-erudita

- agrícola X industrial – os países industrializados ainda eram bastante agrícolas exceto a Inglaterra e a implantação de indústrias não se restringia ao primeiro mundo

-indústria e urbanização critérios de modernidade

2)

-Desejo de ser moderno - modelo de país avançado: Estado territorial, mais ou menos homogêneo, soberano extenso suficiente para permitir o desenvolvimento, corpo único de instituições políticas e jurídicas de tipo amplamente liberal e representativo para permitir a autonomia e iniciativas locais. Ser composto por cidadão e sua relações com o governo seriam diretas.

- Estado Nação séc XIX

- República uma excessão

- liberdade do mundo desenvolvido regulada pelo dinheiro

-diferença cultural entre os dois mundos – índice de analfabetização – desenvolvimento econômico e a divisão social do trabalho

3)

- século XIX progresso sinônimo de mudança

a)tecnologia moderna – conhecimento científico e aplicabilidade prática

b)gera muita Riqueza e Concentração de renda

c) Resistências ao “progresso” – conquistador estrangeiro

d) Pseudociência usada para a dominação e divisa – racismo e biologia

e)progresso político – governos representativos

f) progresso moral – alfabetização e leitura amplamente sissiminadas

g) Crise econômica e da idéia de progresso por volta de 1870