terça-feira, 15 de abril de 2008

TUDO QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR

Marco Livio Magalhães Gerbase DRE 105041492 17/ 03/2008

Mundo Contemporâneo - Prof. Ricardo Castro

FICHAMENTO DO TEXTO 01

MARCHAL BERMAN

TUDO QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR

A aventura da modernidade

- Experiência de tempo espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e perigos da vida- que é compartilhada por homens e mulheres hoje – MODERNIDADE

a) Ambiente que promete aventura e alegria e que ao mesmo tempo ameaça destruir o que temos – CONTRADITÓRIO

b) Une a espécie humana, mas desune numa permanente desintegração e mudança – TUDO QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR

c) TURBILHÃO – Ciência, industrialização, explosão demográfica.

d) PROCESSOS SOCIAIS – dão a que dão a esse turbilhão a MODERNIZAÇÃO

- História da modernidade:

a) Início do século XVI até o fim do século XVIII – começando a experimentar a vida moderna –sem consciência do processo. Exemplo arquetípico: Jean- Jacques Russeau. Proclamando que a sociedade européia estava “a beira do abismo”, no limite das mais explosivas conturbações revolucionárias.

b) Onda revolucionária de 1790 com a Ver. Francesa e suas reverberações. O público partilha da idéia de viver uma era revolucionária e o público moderno do século XIX vive em uma dicotomia, o mundo não é moderno por inteiro. Emerge e desdobra as idéias de modernismo e modernização. Paisagem altamente desenvolvida, diferenciada e dinâmica- automação fortalecimento dos Estados Nacionais, movimentos sociais de massa. Grandes modernistas atacam esse ambiente com paixão, querendo o fazer ruir ou explorá-lo a partir do seu interior, mas sensíveis a novas possibilidades. Exemplos arquetípicos:

Marx: “tudo que é sólido desmancha no ar”. A vida moderna é radicalmente contraditória em sua base. Proclama o caráter paradigmático da fé modernista – uma vanguarda revolucionária. Uma dinâmica revolucionária destinada a destronar a burguesia brota dos mais profundos anelos e necessidades da mesma burguesia. O impulso dialético da modernidade se volta ironicamente contra seus primitivos agentes, a burguesia.

Outro arquétipo é Nietzsche: também as correntes e história moderna eram irônicas e dialéticas. “tudo está impregnado de seu contrário”. Em relação aos perigos da modernidade ele acha que se deve abraçar-los com alegria, mas não almeja viver sempre em meio a esse perigo, deposita a fé em um novo homem que terá coragem e imaginação para criar novos valores.

Que as modernidades do amanhã possam curar os perigos da época comum aos modernistas dessa época

c) Século XX. Talvez o mais criativo e brilhante da história, pois seu processo de modernização se expande para praticamente o mundo todo.

A modernidade foi vista pelos sucessores do séc. XIX ou com um entusiasmo cego e acrítico ou é condenada segundo uma atitude de distanciamento e indiferença. É sempre concedida como um monólito fechado que não pode ser mudado pelo homem moderno. Visões abertas da vida moderna foram suplantadas por visões fechadas. Exemplo: futuristas italianos do início de século XX- Apologia a técnica a tecnologia a modernização, ao novo. Os futuristas levaram a celebração da tecnologia moderna a um extremo grotesco e autodestrutivo. Com seu acrítico namoro com as máquinas combinado com o profundo distanciamento do povo.

Max Weber acreditava que todo o poderoso cosmos da ordem econômica é como um cárcere, que era uma força inexorável. O homem moderno como sujeito desapareceu. Uma interpretação apropriada e distorcida de Webber: muitos pensadores do século XX passam a ver as massas sem sensibilidade, espiritualidade ou dignidade e esses homens ocos não teriam capacidade de se autogovernassem.

O modernismo de 1960 pode ser dividido em três tendências:

a) ausente: esforço por ausentar-se da vida modernas

b) negativo: modernismo como interminável, permanente revolução contra a totalidade da existência moderna, uma tradição de destruir a tradição

c) afirmativo: modelo ideal de sociedade moderna isenta de perturbações. As relações iam se apaziguar com o tempo. Seu ideal era de cada um abrir-se à imensa variedade e riqueza de coisas, materiais e ideais, que o mundo moderno inesgotavelmente oferece

1970- década insípida, pois todas as iniciativas anteriores falharam. Último escritor importante foi Michel Foucault. Não há liberdade no mundo de Foucault.

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